Atualmente, Roma é a capital da Itália. Na Antiguidade, foi o centro político e econômico do Mediterrâneo e a capital de um vasto território. A história de Roma é dividida em três fases: a Monarquia, a República e o Império.
Segundo a lenda, Roma foi fundada pelos irmãos gêmeos Rômulo e Remo, filhos de Marte (o deus da guerra) e de Reia Sílvia. Reia era filha do rei Numitor, de Alba Longa (cidade às margens do rio Tibre). Numitor foi usurpado por seu próprio irmão, Amúlio. Este tio de Reia transformou-a em uma vestal, ou seja, em uma sacerdotisa celibatária. Porém, o deus Marte engravidou Reia e, assim que seus dois filhos nasceram, por ordem de Amúlio — que temia que os meninos crescessem e o destronassem — eles foram jogados no Rio Tibre. Por sorte, Rômulo e Remo conseguiram se salvar e foram criados por uma loba. Já adultos, eles assassinaram Amúlio e devolveram Numitor ao poder. Com a morte do avô, Rômulo e Remo brigaram pelo trono, até que Rômulo assassinou Remo e tornou-se o fundador e o primeiro rei de Roma.

Historicamente, Roma foi fundada pelos latinos, sabinos e etruscos, povos que se juntaram na Península Itálica. No sul da Península e nas ilhas próximas — região chamada de Magna Grécia —, os gregos fundaram várias colônias. O contato entre esses povos, principalmente por causa das atividades comerciais, promoveu um intercâmbio cultural fundamental para a formação da cultura de Roma.
A sociedade romana era constituída por patrícios (aristocratas com terras, gado e poder militar) e, em maior número, plebeus: pequenos agricultores, artesãos e comerciantes sem participação política. Havia também clientes — escravos libertos, estrangeiros, filhos bastardos — que se ofereciam como mão de obra e força militar aos patrícios, em troca de proteção; e os escravos, por guerra ou por dívidas.
O rei era a maior autoridade religiosa e militar. De acordo com a tradição, sete reis governaram Roma. Os quatro primeiros foram escolhidos em consulta ao Senado, composto pelos chefes das famílias patrícias; já os três últimos, todos etruscos, tomaram o poder à força. O último deles foi Tarquínio, o Soberbo, que subiu ao trono depois de matar o rei anterior (seu próprio sogro). As famílias patrícias, que sempre reagiram contra o domínio etrusco sobre Roma, conseguiram expulsar Tarquínio e após isso instaurou-se a República Romana.

Na fase republicana, o poder era exercido pelo Senado, pelos Comícios (assembleias populares) e pelas magistraturas. As últimas eram cargos anuais e formavam uma hierarquia conhecida como cursus honorum (caminho das honras). Os magistrados eram: dois cônsules, um dos quais administrava a cidade e presidia o Senado, enquanto o outro comandava o exército; os pretores, responsáveis pela aplicação da justiça; os edis, que fiscalizavam os serviços públicos como o abastecimento, o policiamento e a conservação das ruas, e ainda organizavam festas; os questores, responsáveis pela cobrança de impostos; e os censores, geralmente cônsules aposentados, encarregados de recensear a população e classificar os habitantes de acordo com suas posses. Também havia o cargo de ditador, com mandato de seis meses renováveis, quando ocorriam crises ou guerras. Mais tarde, criou-se o cargo de tribuno da plebe, com poder de veto para defender os interesses dos plebeus.
Já o Senado era composto por 300 membros vitalícios escolhidos entre membros da aristocracia (posteriormente, plebeus enriquecidos também puderam ocupar cadeiras). Os senadores fiscalizavam os magistrados e ratificavam decisões dos comícios. Existiam três tipos de comício: a Assembléia Tribal, reunião de cidadãos de acordo com o local de residência ou a origem, que elegia edis e questores; o Concílio da Plebe, formada por plebeus para eleger os tribunos da plebe desde a criação desse cargo; e a Assembléia Centuriata, que reunia várias centúrias (unidades do exército) para eleger cônsules, pretores e censores, votar leis e decidir pela guerra ou pela paz. Os votos na Assembléia Centuriata eram contados por centúria e não por cabeça, e havia mais centúrias patrícias do que plebeias, fazendo com que os patrícios sempre vencessem e impusessem suas vontades. Além disso, o exército romano, inicialmente formado apenas por nascidos em Roma e não permanente, convocado apenas em tempos de guerra, era custeado pelos próprios participantes, de modo que os plebeus montavam centúrias de infantaria com muitos homens e armamento básico, enquanto os patrícios organizavam centúrias de cavalaria com poucos homens e armamento completo.
A desigualdade entre patrícios e o resto da população causava conflitos sociais em Roma. Além de terem mais direitos políticos, os patrícios se dedicavam exclusivamente à administração ou ficavam ociosos. Eles consideravam o ócio como um mérito conquistado. O trabalho braçal era deixado para os escravos. Estes eram muito explorados e às vezes aconteciam revoltas, que deram origem às Guerras Servis. As duas primeiras tiveram como palco a ilha da Sicília e foram esmagadas pelo exército romano. A Terceira Guerra Servil, liderada pelo gladiador Espártaco, ocorreu na Itália, e os revoltosos abateram várias tropas romanas antes de serem derrotados. Essas revoltas não tinham o objetivo de abolir a escravidão, mas de conquistar a liberdade individual dos participantes.
Além dos escravos, os plebeus também viviam insatisfeitos e lutaram por mais direitos durante toda a fase republicana de Roma. Houve uma greve na qual eles se juntaram no Monte Sagrado (o Monte Aventino) e ameaçaram não mais atender às convocações do exército romano caso suas reivindicações fossem negadas. Para encerrar a rebelião, foi criado o cargo de tribuno da plebe. Posteriormente, as Leis das Doze Tábuas asseguraram a igualdade jurídica entre patrícios e plebeus. Elas foram gravadas em placas de bronze e expostas publicamente no Fórum para conhecimento de toda a população, sendo consideradas um marco da história do Direito Civil.
O próximo passo foi a promulgação da Lei Canuleia. Antes dessa lei, os casamentos entre patrícios e plebeus eram proibidos, mas muitos plebeus enriqueceram graças ao comércio, enquanto muitos patrícios empobreceram, fazendo com que as uniões entre um membro de um dos grupos com um membro do outro grupo se tornassem interessantes. Dessas uniões se originou uma nova aristocracia, a dos nobilitas.
Finalmente, os plebeus conquistaram o direito de participar do consulado graças às Leis Licínias, segundo as quais, dos dois cônsules eleitos anualmente, um deveria ser patrício, e o outro, plebeu. Pouco depois, a Lei Poetélia Papíria aboliu a escravidão por dívidas. A Lei Hortência ainda fez com que as decisões tomadas pelos plebeus em suas assembleias valessem para todos os cidadãos.
Continuando a luta pela ampliação de direitos, os irmãos e tribunos da plebe Tibério e Caio Graco elaboraram um projeto de reforma agrária e a Lei Frumentária, que determinava a venda de trigo e pão a preços reduzidos para os pobres. Após violenta perseguição, Tibério foi assassinado e Caio ordenou que um escravo o matasse antes de cair nas mãos de seus inimigos.

O fato é que o crescimento populacional trazia dificuldades para abastecer todos os romanos. A solução encontrada foi a realização de guerras de conquista para obter mais terras cultiváveis. O expansionismo mostrou-se uma atividade extremamente lucrativa. Como exemplo, os confrontos de Roma contra Cartago (um importante centro comercial do Mediterrâneo fundado pelos fenícios no norte da África) foram chamados de Guerras Púnicas. Cartago foi destruída pelos romanos, que seguiram conquistando a Macedônia, a Síria e o Egito. Os territórios transformaram-se em províncias e o denário, a moeda de prata romana, passou a circular nesses locais. Além disso, as províncias pagavam tributos e muitos habitantes foram levados à Itália para trabalhar como escravos em grandes propriedades, onde cultivavam vinho e azeite de oliva para serem vendidos nas províncias. Geralmente um dos escravos era escolhido para administrar a propriedade, ganhando direitos especiais, e alguns desempenhavam importantes funções sociais, como o de preceptor dos filhos da elite romana. Além disso, havia uma pequena possibilidade de um escravo obter a própria liberdade pelos serviços prestados, tornar-se cidadão e ganhar direito ao voto.
Durante as guerras de conquista, os romanos entraram em contato com o helenismo e houve novas apropriações da cultura grega, com a qual já tinham tido contato por meio das colônias da Magna Grécia. Os romanos tornaram-se cultivadores da religião, da filosofia, da arte, da arquitetura e dos esportes gregos. Na religião, há muito tempo as famílias cultuavam seus antepassados e o fogo sagrado, associado à deusa Vesta (como observa o historiador Fustel de Coulanges, no livro A Cidade Antiga); os romanos então adotaram os deuses gregos, passando a chamá-los por nomes latinos. Como exemplo, o deus supremo, Zeus, tornou-se Júpiter, o deus da guerra, Ares, tornou-se Marte, o deus do vinho e das festas, Dionísio, tornou-se Baco, a deusa da fertilidade, Afrodite, tornou-se Vênus e a deusa grega do fogo, Héstia, foi identificada com Vesta. Essas práticas foram assimiladas especialmente por membros da elite romana, e os escravos preceptores foram importantes para a consolidação da cultura greco-romana. No entanto, os romanos não apenas reproduziram a cultura grega, mas a adaptaram em função de seus gostos e necessidades, em uma realidade diferente.
Na filosofia, os romanos tornaram-se grandes admiradores do estoicismo. Para os membros dessa escola de pensamento grega, o principal objetivo do ser humano é chegar à ataraxia, ou imperturbabilidade da alma, por meio da apatia, ou insensibilidade total. O homem feliz é aquele que vive conforme a sua natureza, que é racional, e aguarda a morte com tranquilidade. Essa mentalidade ajudou os romanos a lidar com adversidades.
Na arte, os romanos foram influenciados pelos gregos, por exemplo, na arquitetura, na escultura, na busca por proporções harmônicas, bem como na adoção de temas mitológicos para a realização de suas obras.
Enquanto isso, a conquista de terras distantes dificultou a participação dos camponeses romanos na infantaria. Muitos morriam em combate; outros, ao retornar da guerra, encontravam sua propriedade invadida e depois ainda não conseguiam concorrer com os grandes produtores e com os produtos vindos das províncias a preços baixos. Por conta disso, Roma passou a contratar mercenários, incluindo não romanos, em troca de salário. O exército profissionalizou-se. Além disso, os soldados se tornaram mais leais aos seus generais do que ao próprio Estado. Os generais começaram a disputar pelo poder.
Nesse cenário, o general Mário foi eleito cônsul várias vezes com forte apoio popular. Ele foi tirado do poder e exilado por Lúcio Sila, homem de confiança do Senado. Pela primeira vez na história de Roma, alguém — o general Sila — foi nomeado ditador perpétuo, sem que a sociedade romana estivesse em perigo, fazendo com que Sila se tornasse um ditador no sentido moderno do termo. Ao assumir o poder, ele mandou matar apoiadores de Mário.
Lúcio Sérgio Catilina, filho de uma família patrícia empobrecida, foi um dos mais famosos apoiadores de Lúcia Sila. Catilina ainda planejou uma conspiração para derrubar a república romana, mas foi descoberto e denunciado pelo orador, escritor e advogado Cícero, em discursos inflamados no Senado, conhecidos como as Catilinárias. A obra de Cícero, considerada um modelo de eloquência, é estudada até hoje. Catilina e seus amigos foram mortos pelo exército romano leal ao Senado na Batalha de Pistoia.
Assim que os ânimos baixaram, os generais Crasso (governador da Síria), Pompeu (governador da Península Ibérica) — ambos também haviam lutado, há pouco tempo, na Terceira Guerra Servil — e Júlio César, que, após vencer o gaulês Vercingetórix, conquistara a Gália (parte da França atual), fizeram um acordo para assumir o poder: foi o Primeiro Triunvirato. César casou sua filha Júlia com Pompeu para ganhar confiança. Entretanto, Júlia morreu jovem e Crasso foi morto na Síria em combate contra o Império Parta, o império persa pré-islâmico que sucedeu o Império Aquemênida. Sem nada para uni-los, Pompeu e César romperam. Os senadores afastaram César do poder, causando uma Guerra Civil. No final, César venceu e transformou a República em um regime autoritário, recebendo o título de ditador perpétuo. Mais tarde, foi assassinado em uma conspiração dos senadores, que temiam perder seus privilégios.


Após a morte de Júlio César, descobriu-se que, em seu testamento, ele havia deixado uma quantia em dinheiro para cada romano, aumentando sua popularidade e causando protestos contra o seu assassinato. Essa situação foi habilmente explorada por Otávio (sobrinho de César), que, junto a Marco Antônio e a Lépido (antigos aliados de César), formou o Segundo Triunvirato. Para aumentar o seu poder, Marco Antônio aliou-se à rainha do Egito, Cleópatra (da dinastia Ptolomaica), com quem Júlio César, em sua viagem diplomática ao Egito, na época do Primeiro Triunvirato, tivera um filho, Ptolomeu XV Cesarião. Havia esperanças de usar Cesarião, herdeiro direto de César, para assumir o poder.

Porém, Marco Antônio foi chamado de traidor por Otávio, contra quem iniciou uma guerra. Derrotado na Batalha de Ácio, Marco Antônio se suicidou, e o mesmo fim teve Cleópatra. Cesarião, a última ameaça contra a tomada do poder por Otávio, foi executado. O Egito se tornou uma província romana. Otávio, vitorioso, foi nomeado pelo Senado como príncipe, ou seja, o cidadão principal da república romana, e assumiu o nome de Augusto (Venerável). Mais tarde, recebeu o título de imperador, dando início ao Império Romano.

Otávio Augusto começou a ser cultuado como um deus. Seu poder ultrapassou o das instituições romanas: ele passou a escolher os magistrados, antes eleitos pelos comícios. Para evitar conflitos com o Senado, Augusto concedeu aos senadores postos administrativos nas províncias romanas. O imperador também sentiu a necessidade de reformar a estrutura social de Roma para manter os mais ricos satisfeitos. Isso foi feito adotando critérios econômicos em vez de critérios de nascimento. Com isso, novas classes sociais surgiram: a senatorial (formada pelos homens mais ricos), a equestre (dos homens de posses menores) e a inferior (dos mais pobres e sem direitos políticos). Finalmente, para agradar a parte da população mais pobre, Augusto adotou a política do pão e circo, em que o Estado organizava espetáculos e distribuía pão para manter o povo entretido. Teve início um período de relativa paz, chamado de Pax Romana. O território continuou se expandindo, mas houve uma desaceleração depois que forças germânicas lideradas por Armínio (que havia servido o exército romano e conhecia seu funcionamento) dizimaram as forças romanas do general Públio Quintílio Varo na Batalha de Teutoburgo. Como resultado, o Rio Reno ficou estabelecido como fronteira entre o império e as terras germânicas, impedindo a expansão romana em direção ao norte da Europa e permitindo a existência de uma identidade germânica distinta.

Apesar disso, a imagem de Augusto não foi abalada, e grandes construções foram erguidas para valorizar a sua imagem. Entre elas, destacam-se o Mausoléu da família imperial, o Altar da Paz e o Fórum de Augusto. Também foi nessa época que o cônsul Marco Agripa encomendou a construção de um templo, o Panteão, dedicado a todos os deuses do politeísmo romano. No entanto, o prédio foi destruído por um incêndio, tendo sido reconstruído pelo imperador Adriano. Posteriormente, o templo foi aproveitado pela Igreja Católica. Hoje em dia, é um dos símbolos mais bem conservados do antigo Império Romano.

Além da arquitetura, Augusto patrocinou outras formas de arte, como a literatura. Nesse campo, destaca-se Virgílio, autor do épico Eneida, que narra a saída do herói Enéias de Tróia e suas aventuras até se estabelecer na Itália, onde se tornou ancestral dos romanos. Outro escritor importante da época é Tito Lívio, autor da História de Roma, que descreve a história da cidade desde sua fundação até o governo de Augusto. Essas obras serviram para alimentar o sonho de grandeza do imperador e a legitimar o seu poder. (Mais tarde, até o imperador, Marco Aurélio, se tornou ele próprio um escritor, autor das Meditações, obra de forte influência estoica.)
O povo humilde, mesmo sendo semianalfabeto, também gostava de escrever, como provam os grafites populares escritos em latim vulgar nas paredes da cidade italiana de Pompeia, algumas delas preservadas depois que a cidade foi coberta pelas lavas do vulcão Vesúvio.
Após o falecimento de Otávio Augusto, seu filho adotivo, Tibério, o sucedeu. Foi durante o seu reinado que Jesus Cristo foi executado na então província romana da Judeia.

Pouco se sabe acerca da vida de Jesus antes de ele começar a expor suas ideias, em aramaico, em aldeias e cidades palestinas, por volta do ano 30. Em suas pregações, Jesus se apresentava como o Messias, o Salvador, e, falando de modo simples e acessível, convidava todos a amar a Deus e ao próximo, abandonando sentimentos negativos como orgulho, inveja e egoísmo. Com suas mensagens tocantes, Jesus alcançou muitos admiradores, principalmente entre pessoas humildes, e escolheu doze deles para serem seus apóstolos, ou seja, seus discípulos mais próximos: Simão (mais tarde renomeado por Jesus como Pedro), André, Tiago (filho de Zebedeu), João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago (filho de Alfeu), Judas Tadeu, Simão (o Zelote) e Judas Iscariotes.
Entretanto, a crescente popularidade de Jesus, suas críticas contra a hipocrisia dos líderes religiosos da época e a sua oposição ao comércio praticado em casas de adoração atrairam inimigos poderosos. Auxiliados pelo traidor Judas Iscariotes, os inimigos de Jesus o prenderam e o conduziram ao Sinédrio (a suprema corte judaica), onde ele foi condenado à morte por blasfêmia. Como era necessária a condenação por uma autoridade romana para que houvesse a execução da sentença, Jesus foi levado à presença do governador romano da Judeia, chamado Pôncio Pilatos.
Os evangelhos contam que Pilatos não queria aprovar a execução de Jesus, pois percebia que ele era inocente e que seus inimigos estavam o acusando por inveja. Ao descobrir que os pais de Jesus moravam em Nazaré, na Galileia, e só foram para Belém, na Judeia (onde Jesus nasceu) para participar de uma censo por ordem do então imperador Otávio Augusto, Pilatos viu uma oportunidade de se livrar do problema, alegando que o caso devia ser decidido não por ele, mas pelo governador da Galileia, ou seja, Herodes. O encontro iminente com Jesus criou expectativas em Herodes, que já tinha ouvido falar de seus milagres, mas acabou em frustração, pois Jesus se esquivou das perguntas que lhe foram feitas e se recusou a realizar qualquer sinal milagroso naquela ocasião. Então Herodes e seus homens zombaram de Jesus e o mandaram de volta para Pilatos.
Pilatos apresentou a absolvição por Herodes como uma afirmação da inocência de Jesus, prometeu castigá-lo e depois soltá-lo. Porém, continuou havendo pressão para que Jesus fosse executado. Pilatos fez uma última tentativa para poupar a vida dele. Aproveitando uma tradição da Páscoa, o governador levou Jesus e um criminoso chamado Barrabás diante do povo, a fim de que as pessoas escolhessem um deles para ser libertado. As autoridades judaicas convenceram o povo a pedir a soltura de Barrabás e a execução de Jesus. Com isso, Pilatos não teve remédio a não ser entregar Jesus à morte. Fez isso depois de lavar as mãos, para simbolizar o seu afastamento de qualquer responsabilidade sobre o que aconteceria dali em diante.
Antes de ser pregado na madeira, Jesus foi torturado com o flagellum, um chicote feito de tiras de couro com bolinhas metálicas ou lascas de ossos presas nas pontas. Essas pontas penetravam a pele, causando grande sangramento e atingindo até músculos e ossos. O sangramento foi aumentado quando os romanos, para ironizar o fato de Jesus ter sido considerado rei dos judeus, puseram-lhe uma coroa de espinhos, que foi enterrada em sua cabeça por meio de pauladas, até ela atingir veias, artérias e nervos. Finalmente, fizeram Jesus carregar a pesada madeira onde ele seria pregado até o local de sua execução, uma colina próxima de Jerusalém chamada Calvário ou Gólgota (que significa “lugar da caveira”). Chegando lá, soldados romanos pregaram suas mãos e pés na madeira, puseram nela a inscrição “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus” e a ergueram ao lado de dois ladrões que também estavam sendo executados.
A derradeira causa da morte de Jesus provavelmente foi parada cardiorrespiratória, em função da hemorragia, das dores agonizantes e da desidratação. Para confirmar a morte, um soldado romano enfiou uma lança em seu peito, de onde saiu água (provavelmente dos pulmões) e sangue (provavelmente do coração). O corpo foi então descido da madeira e entregue ao discípulo José de Arimatéia, que o havia solicitado para o untar com óleos aromáticos e o enfaixar com linho fino. Em seguida, o corpo foi depositado numa caverna, onde repousou por três dias até que Jesus foi ressuscitado e falou novamente com seguidores antes de ascender aos céus. Tudo isso de acordo com os evangelhos.
Os apóstolos passaram a testemunhar que Jesus era o Cristo, ou seja, o Salvador que os judeus aguardavam e que fora sacrificado para salvar os justos. Estabeleceu-se, dessa forma, uma separação entre cristãos e judeus. Embora ambos acreditem em um Deus único, para os cristãos o Messias esperado é Jesus, enquanto os judeus acreditam que o Messias ainda está por vir.
Entre os novos adeptos do cristianismo, teve destaque Saulo, um homem culto e instruído nas leis judaicas que inicialmente se opunha aos cristãos, mas que, após uma experiência pessoal, se converteu e desistiu de uma provável carreira de sucesso para, já com o nome romano de Paulo, divulgar incansavelmente as ideias cristãs, espalhando-as pelo mundo romano. As promessas cristãs do fim do sofrimento e da vida no paraíso para os justos atraíram muitas pessoas de diferentes povos (judeus, gregos, romanos).
Devido a suas convicções antimilitaristas, contra a escravização e contra a divinização do imperador, os cristãos passaram a ser perseguidos pelas autoridades romanas. Para fugir da perseguição, eles se reuniam discretamente em catacumbas (galerias subterrâneas), onde oravam e sepultavam seus mortos.
Os primeiros passos do cristianismo ocorreram durante o reinado de Tibério. Após a morte dele, reinou Calígula, um general considerado louco que desafiava outros poderes (ele até teria ameaçado nomear seu cavalo preferido, Incitatus, como cônsul) e terminou assassinado em uma conspiração do Senado e da guarda pretoriana (a guarda pessoal do imperador). Em seguida, Cláudio, tio de Calígula, o sucedeu. Apesar de não ter muito carisma — era gago e manco —, Cláudio fez grandes construções, com destaque para o aqueduto chamado Água Cláudia, e ocupou as Ilhas Britânicas. Na sequência, reinou o enteado de Cláudio, Nero. Extremamente sanguinário, o novo imperador mandou matar seus mestres, irmãos, esposas, mãe e o apóstolo Paulo, além de supostamente ter ordenado a realização de um grande incêndio em Roma. Finalmente, Nero tirou a própria vida.
O próximo imperador notável foi Vespasiano. Durante o seu governo, no ano 70, na Palestina, uma rebelião judaica contra o domínio romano culminou com a destruição de Jerusalém e do Templo pelas forças lideradas pelo comandante Tito, filho de Vespasiano. Após isso, continuou havendo resistência dos judeus em Massada, uma fortaleza construída no deserto da Judeia por Herodes, vários anos antes. Os romanos cercaram a fortaleza e pretendiam esperar os inimigos caírem de fome e sede, mas, depois de muita espera, finalmente decidiram construir uma rampa para invadir o local. Ao entrar, encontraram cadáveres e a cidadela em chamas, pois os judeus tinham preferido a morte do que a rendição.


Na capital romana, Vespasiano iniciou a construção do maior símbolo da política de pão e circo: o Coliseu. A obra foi concluída por seu filho, Tito. O Coliseu foi palco de espetáculos extremamente violentos — as lutas entre gladiadores e entre estes e animais selvagens, como os leões, trazidos de colônias romanas na África. A princípio, os gladiadores eram soldados em treinamento. Posteriormente, escravos, prisioneiros de guerra e criminosos assumiram esse papel. Os escravos que sobreviviam podiam ganhar a própria liberdade. Antes dos combates, era comum os gladiadores se aproximarem do camarote reservado ao imperador romano, próximo à arena, e gritarem a famosa frase: “Ave, César! Aqueles que vão morrer te saúdam!”. Além das lutas, também existem relatos de sacrifícios de cristãos realizados dentro do Coliseu. Na mesma época, outras diversões dos romanos eram as naumaquias, ou seja, simulações de batalhas navais nas arenas; as termas, ou seja, os banhos públicos; e as corridas de carros puxados por dois cavalos (as bigas) ou por quatro cavalos (as quadrigas), sendo o Circo Máximo o principal local de realização. Essas corridas eram animadas por bandas de música e muitas vezes terminavam em violência entre as torcidas.



A fase do Alto Império Romano começou com Augusto e atingiu o apogeu territorial sob o imperador Trajano. Estima-se que a população do império chegou a cerca de 70 milhões de habitantes. A atividade comercial se desenvolveu intensamente, e foram construídas estradas ligando diversos pontos do império.
Entretanto, com a diminuição das guerras de conquista, o número de cativos de guerra escravizados diminuiu. Consequentemente, a produção não conseguiu acompanhar a demanda causada pelo crescimento populacional e o preço dos produtos aumentou. A população foi forçada a deixar as cidades (processo conhecido como êxodo urbano) para trabalhar no campo, em regime de colonato, em que os trabalhadores recebiam como pagamento proteção e parte do que produziam.
Enquanto isso, o território romano tinha se estendido tanto que exigia a manutenção de um enorme exército, o que resultava em despesas exorbitantes. Para cobri-las, Roma teve de elevar a carga tributária. Todo esse cenário resultou em uma crise a partir do século III, período conhecido como Baixo Império Romano.
Para piorar, o exército não conseguia mais conter a invasão de estrangeiros, chamados genericamente de bárbaros pelos romanos. Para facilitar a administração em meio às pressões bárbaras, o imperador Diocleciano reformou o governo e criou uma tetrarquia, dividindo o Império Romano em dois — o Ocidental e o Oriental — cada um governado por um imperador ajudado por um “César”. Com a morte de Diocleciano, instaurou-se uma anarquia militar, em que militares brigaram pelo poder. Roma voltou a ter um único imperador com Constantino, que tentou manter a unidade do império e para isso usou a religião, concedendo liberdade de culto aos cristãos por meio do Édito de Milão. Constantino também transferiu a capital do império para a cidade de Bizâncio, rebatizando-a como Nova Roma, embora a população a chamasse de Constantinopla (atualmente corresponde a Istambul, na Turquia). Após Constantino, o imperador Teodósio tornou o cristianismo a religião oficial por meio do Édito de Tessalônica, e reafirmou a divisão do Império Romano em Ocidental e Oriental. Depois disso, o único imperador romano adepto do paganismo foi Juliano, o Apóstata.

Devido aos problemas financeiros, divisões e invasões bárbaras, o Império Romano colapsou. Em 476, o último soberano do Império do Ocidente (na altura reduzido apenas à Península Itálica), Rômulo Augusto, foi derrotado pelo bárbaro Odoacro, chefe dos hérulos. O Império do Oriente resistiu, vindo a cair apenas em 1453, pelas mãos dos turcos otomanos.
As contribuições de Roma para o Ocidente foram imensas, especialmente no campo do Direito e da Administração, além de ter sido na época do Império Romano que o cristianismo nasceu e se espalhou pelo mundo, qual flor nascida no meio de espinhos. ■
Exercícios
(Udesc) Analise as proposições em relação ao Império Romano.
I. Júlio César é o primeiro imperador da história de Roma. Ele consegue seu título após eliminar seus dois companheiros triúnviros (Crasso e Pompeu) e demonstrar o domínio das legiões pela da conquista da Gália. O título de imperador acaba levando seu nome, e uma linhagem de seus herdeiros de sangue se perpetua no poder após sua morte, sendo extinta apenas com a queda do Império, mais de três séculos depois de sua morte. Esse período da história de Roma é conhecido como o período dos doze Césares.
II. Sob a regência de Alexandre, o Grande, o Império Romano atinge sua maior extensão, cobrindo um território que abrangia a atual Espanha, o Egito e a Macedônia, sua primeira conquista militar. Alexandre foi o responsável pelo intercâmbio cultural e filosófico entre Roma e o Oriente, e desse intercâmbio surge a cultura sincrética conhecida como Helenismo.
III. Apesar de ter sido derrotado na Germânia, o governo de Augusto é considerado um dos mais estáveis e eficientes da história romana. Tendo governado por quatro décadas, o imperador foi responsável pelo período conhecido como Pax Romana, durante o qual foi promovida a pacificação das províncias do império. Esse período de estabilidade foi determinante na construção de uma estrutura que permitiria ao Império sua sobrevivência e administração nos anos seguintes.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a alternativa III é verdadeira.
b) Somente a alternativa I é verdadeira.
c) Somente a alternativa II é verdadeira.
d) Somente as alternativas I e III são verdadeiras.
e) Somente as alternativas II e III são verdadeiras.
Resposta — Alternativa a). A I é falsa pois o primeiro imperador romano foi Otávio Augusto, e não Júlio César. A II é falsa pois Alexandre, o Grande, da Macedônia, não governou o Império Romano.
(UEM-PR) Sobre as questões sociais, políticas e religiosas da Roma Antiga durante o período republicano, assinale o que for correto.
01) Ocorreu o fim da perseguição aos cristãos, e o cristianismo foi oficializado como religião do Estado.
02) Os clientes eram homens livres que prestavam serviços aos patrícios, em troca de ajuda econômica e amparo militar.
04) Foi período marcado pelas constantes lutas entre patrícios (grandes proprietários de terras) e plebeus (homens livres que se dedicavam aos trabalhos agrícolas e comerciais).
08) Em decorrência das crises internas, as conquistas territoriais foram insignificantes e não alteraram as estruturas internas da República romana.
16) Assinalou o declínio da escravidão e, em sua substituição, a implementação do trabalho servil nos grandes latifúndios.
Soma: _____
Resposta: 2 + 4 = 6. A 01) é falsa, pois na época da república romana, o cristianismo ainda não existia, e muito menos foi oficializado; só surgiu na época do Império, durante o reinado de Tibério. A 08) é falsa, pois as conquistas territoriais exigiram força militar, causando problemas para os romanos humildes que iam lutar nas guerras, o que resultou em tensões sociais e reformas. A 16) é falsa, pois muitos habitantes dos locais conquistados foram trabalhar em grandes propriedades como escravos, cujo número aumentou.
(UEPG-PR) A religião Greco-Romana, ainda hoje, é objeto de estudo de historiadores e instiga o imaginário contemporâneo. A respeito desse tema, assinale o que for correto.
01) Tanto gregos quanto romanos cultuavam vários deuses e suas religiões, portanto, eram politeístas.
02) O Cristianismo, que começou a se expandir em Roma, tornou-se religião oficial grega a partir de um decreto que extinguiu as religiões primitivas e proibiu o culto aos deuses como Zeus, Hermes e Dionísio.
04) Traço marcante entre gregos e romanos, os cultos religiosos ocorriam exclusivamente nos templos públicos. Não há registro da existência de santuários domésticos nas religiões Grego-Romanas.
08) Júpiter significava, para a religião romana, o mesmo que Zeus para a religião grega, ou seja, ambos ocupavam, respectivamente, o papel de principal deus em suas religiões.
Soma: _____
Resposta: 1 + 8 = 9. A 02) é falsa, pois o cristianismo se tornou religião oficial do Império Romano, e não da Grécia, pelo Édito de Tessalônica, aprovado pelo imperador Teodósio I, em que foi proibido o culto a outros deuses que não o cristão, mas não foi um decerto específico para a Grécia. A 04) é falsa, pois existiam sim santuários domésticos entre os gregos e romanos, para cultuar antepassados e também o fogo sagrado.
Texto para as duas próximas questões.
Roma provou ser capaz de ampliar o seu próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante sua expansão peninsular. Desde o começo ela havia – diferentemente de Atenas – exigido de seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto, seguia o exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito maior.
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.)
(Vunesp) O texto caracteriza uma das principais estratégias romanas de domínio sobre outros povos e outras cidades:
a) o estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos militares.
b) a escravização e a exploração dos recursos naturais.
c) a libertação de todos os escravos e a democratização política.
d) o recrutamento e a composição de alianças bélicas.
e) a tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais.
Resposta: Alternativa d). O texto destaca a estratégia dos romanos de exigir dos povos vencidos o fornecimento de tropas leais à Roma, ou seja, Roma recrutava soldados de outros povos, fazendo alianças bélicas com as cidades conquistadas.
(Vunesp) A comparação que o texto estabelece entre Roma e Esparta é pertinente, uma vez que foi comum às duas cidades
a) valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir amplo aparato militar.
b) instalar e manter importantes áreas coloniais no Norte da África e no Oriente Próximo.
c) estabelecer amplo domínio militar e comercial sobre o Mar Mediterrâneo e o Leste europeu.
d) erradicar a influência política e militar de Atenas e combater os exércitos cartagineses e persas.
e) viver sob regimes democráticos, após terem atravessado períodos de oligarquia e de tirania.
Resposta: Alternativa a). Roma e Esparta estimularam a disciplina de seus militares, Esparta desde a juventude de todos os meninos, e Roma a partir do ingresso para suas fileiras, e investiram pesadamente para formar um amplo aparato militar.
(ESPM-SP) Os hunos em geral – e Átila em particular – têm uma merecida fama de homens endurecidos pela atividade militar. As fontes históricas revelam a imagem que fazemos do huno: um soldado montado. Todos os nômades andavam a cavalo, o meio de locomoção habitual do tempo. Mas a destreza dos cavaleiros hunos impressiona os observadores contemporâneos.
Sua arma mais importante era o arco. Mais forte do que um arco simples, ele tinha um alcance de 150 metros. No galope ele controlava seu cavalo com os joelhos, enquanto disparava uma flecha.
(Revista História Viva, no. 116, pag. 34, 2013)
A partir do texto, e levando em consideração o que se sabe sobre os hunos, é correto assinalar:
a) os hunos foram bárbaros que, graças a sua destreza de cavaleiros, derrubaram o Império Bizantino.
b) os hunos foram bárbaros cujo poderio naval atormentou o Império Romano.
c) hábeis cavaleiros, os hunos foram nômades que assolaram o mundo grego e devastaram Atenas e Esparta.
d) capazes de ataques rápidos, e notáveis pela destreza de seus cavaleiros, os hunos promoveram uma ofensiva contra a região da Itália, no Império Romano.
e) famosos pela força de sua infantaria, os hunos foram os responsáveis diretos pela derrubada do império romano.
Resposta: Alternativa d). O texto destaca a habilidade dos hunos como cavaleiros, e a sua capacidade de ataques rápidos, que foram úteis quando eles atacaram o Império Romano e foram responsáveis, junto a outros povos estrangeiros (todos chamados de bárbaros pelos romanos), pela queda do Império Romano do Ocidente. A a) é falsa, pois os hunos não derrubaram o Império Bizantino, que só caiu pelas mãos dos turcos otomanos; a b) é falsa pois os hunos não se destacaram pelo seu poder naval; a c) é falsa pois foram os macedônios, e não os hunos, que conquistaram as cidades gregas, incluindo Atenas e Esparta; e a e) é falsa, pois o texto não destaca a infantaria dos hunos.
(FGV-SP) O anfiteatro era, para os romanos, parte de sua normalidade cotidiana, um lugar no qual reafirmavam seus valores e sua concepção do “normal”. Nos anfiteatros eram expostos, para serem supliciados, bárbaros vencidos, inimigos que se haviam insurgido contra a ordem romana. Nos anfiteatros se supliciavam, também, bandidos e marginais, como por vezes os cristãos, que eram jogados às feras e dados como espetáculo, para o prazer de seus algozes ou daqueles que defendiam os valores normais da sociedade.
(Norberto Luiz Guarinello. A normalidade da violência em Roma. In <http://www2.uoI.com.br/historiaviva/artigos/a.normaIidade.da.violencia.em.roma.html>.)
Sobre as relações entre os cristãos e o estado Romano, é correto afirmar que:
a) a violência durante a República Romana vitimou os cristãos porque estes aceitaram a presença dos povos bárbaros dentro das fronteiras romanas.
b) o cristianismo sofreu violenta perseguição no Império Romano pela sua recusa em aceitar a divinização dos imperadores.
c) a ação cristã foi consentida pelo poder romano, e a violência contra a nova religião restringiu-se aos seus principais líderes.
d) a intensa violência praticada contra os seguidores do cristianismo ocorreu por um curto período, apenas durante os primeiros anos da Monarquia Romana.
Resposta: Alternativa b). Uma das principais causas da violência de autoridades romanas contra os cristãos foi a oposição dos cristãos (por motivos óbvios) à divinização dos imperadores romanos.
(MACKENZIE 2014) O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele resultou a formação do Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante conquista para a civilização romana, assinale a alternativa correta.
a) A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a região além de permitir que Roma passasse a dominar o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o dinamismo próprio da estrutura escravista, que necessitava de mão de obra decorrentes das conquistas.
b) Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses ocuparam o estreito de Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao processo de expansão foi a conquista do mar Mediterrâneo.
c) A explosão demográfica e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram medidas expansionistas por parte do governo, para que se estabelecessem colônias romanas fora da península itálica a fim de minimizar as tensões sociais.
d) A necessidade de expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-se a religião oficial do império romano, implicou na divulgação dos princípios dessa nova doutrina para os povos bárbaros.
e) A crescente produção de cereais, durante o império romano, especialmente, o trigo, levou à expansão de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser escoado e vendido para as demais províncias romanas.